A situação deste nosso Brasil, vamos e venhamos – independente de nossas opiniões e preferencias individuais, quaisquer que sejam – é realmente triste. A meu ver, o pior é a bagunça, a confusão generalizada imposta à sociedade com imensos efeitos negativos e dolorosos que impedem o diálogo sereno e o pensar racional com propósitos claros. Estamos não só convivendo com o caos, mas criando um estado de absoluta incerteza sobre como começar a solucionar os verdadeiros e grandes problemas que afligem nosso país.

Nesse ambiente, no entanto, é salutar vermos como nosso mercado – aqui representado principalmente pelas instituições de apoio – vem investindo em informação e educação. Walter Polido com a ‘Conhecer Seguro’ disponibilizará cursos específicos a corretores de seguros sobre Riscos e Seguros. A ABGR, através de seus comitês, vem apoiando congressos e seminários para discutir inúmeros conceitos de risco, de seguro, de gerenciamento de riscos onde, com otimismo, vem se antecipando a problemas e desafios futuros para as grandes empresas que possam surgir caso as expectativas de desenvolvimento se cumpram, em especial no setor de infraestrutura.

A APTS vem demonstrando a extrema importância do Técnico de Seguro bem preparado, aliando-se a ABGR, ENS e demais entidades num raro otimismo sobre a nossa atual realidade.

É bom contar com esse otimismo e, sobretudo, poder participar ativamente desses programas de evolução técnica, de aprimoramento de serviços de gerência de riscos e seguros, enfim, das discussões úteis que proporcionam aos clientes do nosso mercado, a melhor das prestações de serviços com produtos adequados.

Nesse sentido, é bom reconhecer o apoio da mídia, tanto a que divulga as empresas que atuam no mercado quanto as que, independentes, proporcionam a divulgação das atividades das entidades técnicas.

A promoção do conhecimento técnico, tanto da gestão de riscos e tudo o mais que a ela é inerente, da prática e entendimento dos seguros e seus inúmeros procedimentos de adequação aos riscos que preveem os danos até a entender, por sua vez, qual a demanda, interesse e curiosidade dos participantes que irão escolher esses eventos com tempo adequado aos debates que possam suscitar.

Felizmente, o que não falta em nosso mercado são os assuntos de interesse público que exigem respostas francas, aprofundadas e discerníveis onde problemas cruciais que ora nos afligem, instabilidade política e econômica, tumultos, eventos da natureza – alguns com eventos catastróficos como rompimento de barragens e queda de prédios – perdas e danos por responsabilidades civis diversas, problemas na implantação do gerenciamento de risco e sua adaptação aos ‘compliance’ e, finalmente, a implantação e administração de um programa de seguros adequado e previsto pelo gerenciamento de risco. Há também discussões francas e abertas sobre seguros de riscos e suas aplicações, sobre sua modernização e suas condições, seu funcionamento, o seu propósito e expertise quanto às regulações de sinistro e, sobretudo, a postura do mercado em assumir e ter apetite a risco.

Esperamos e aguardamos que essas entidades continuem proporcionando a discussão e debates desses temas, e outros que possam vir a ser demandados, para que possamos realmente evoluir na prestação dos serviços de gerenciamento de risco e seguro.

São Paulo, 6 de junho de 2019