A Fenacor realizou, nesta quinta-feira (27), a segunda etapa do “Conexão Futuro Seguro 2022”, apresentada pelo 2º vice-presidente Financeiro da Fenacor, Érico Melo Nery. A etapa foi aberta pelo presidente da ENS – Escola de Negócios e Seguros, o deputado Lucas Vergilio, que também é vice-presidente da Federação. Segundo ele, o “Conexão Futuro Seguros” já se consolidou no calendário do setor de seguros. “A intenção da Fenacor e da ENS é indicar novas oportunidades para que o Corretor de Seguros possa se preparar para o futuro, aumentar suas vendas e expandir seus negócios”, comentou.

O tema central desta segunda etapa foi “Produtos Financeiros que podem potencializar as vendas dos Corretores”, tendo como palestrantes o consultor e professor da ENS, Ildebrando Neres, e o diretor de Relações Institucionais na Certisign, Leonardo Goncalves.  

Neres sugeriu que o Corretor de Seguros amplie o leque de soluções oferecidas para os clientes e fortaleça o seu papel de consultor financeiro e patrimonial. 

Nesse contexto, ele citou como alternativas que podem trazer um bom retorno para o Corretor a venda de consórcios, os financiamentos e cartões de crédito. “No caso dos financiamentos, a remuneração para o Corretor pode chegar a 5%”, revelou.

Outra opção indicada por Neres é o exame realizado pela Ancord - Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias, através do qual o Corretor pode estar habilitado para atuar como agente de investimentos. “A ENS tem, inclusive, um curso preparatório para esse exame”, recomendou.

De acordo com o consultor, o contato mais frequente com o cliente gera muitas oportunidades, até pelas indicações feitas para as redes de relacionamentos. 
Lembrou ainda que, com a taxa juros na faixa de em dois dígitos, o cliente percebe a necessidade de ter alternativas na hora de investir e “precisa ter a consultoria que o Corretor pode oferecer”.

Já Leonardo Gonçalves apontou a certificação digital como uma modalidade que pode render bons frutos para o Corretor de Seguros. Segundo ele, esse segmento vem crescendo, em média, 10% ao ano, movimentando aproximadamente R$ 1 bilhão. “Mais de 11 milhões de certificados já foram expedidos no Brasil, mas o potencial é imenso e bem significativo seja para pessoas ou empresas”, ressaltou.

Gonçalves sugeriu que os Corretores de Seguros aproveitem as possiblidades oferecidas pela Fenacor e a Certisign através de dois modelos de negócios. “O Corretor pode atuar como autoridade de registro (AR), tendo uma estrutura operacional para fazer o atendimento aos clientes, ou, se preferir, ser um indicador, recebendo uma remuneração por cada venda de certificado realizada na sua base de clientes”, disse Gonçalves.

Ele informou que os interessados podem manter contato por e-mail (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.) ou buscar mais informações diretamente no site https://www.acfenacor.com.br

Após as palestras, houve tempo ainda para um bate-papo, mediado pela diretora de Ensino da ENS, Maria Helena Monteiro.

Participaram da conversa sobre as oportunidades que podem ser mais bem exploradas pelos Corretores de Seguros o diretor Comercial da Capemisa Seguradora, Fabio Lessa, e o professor da ENS, Maurício Tadeu. 

Lessa disse que o Corretor deve atuar como um facilitador de acesso a produtos diferenciados e um “analista das necessidades” do cliente, aproveitando o seu imenso potencial comercial para distribuir “qualquer produto do mercado”. 

Contudo, na visão dele, para isso, é preciso haver “disciplina e disposição” para compreender bem as necessidades do cliente. “Em geral, o cliente procura o Corretor em busca do óbvio, como os seguros para autos ou residenciais. Não enxerga outras proteções relevantes. Cabe ao Corretor estudar e trabalhar as reais necessidades do cliente”, pontuou o diretor da Capemisa. 

Já Maurício Tadeu ressalvou que falta ao Corretor assumir, de fato, o seu papel de consultor de investimentos, apresentando soluções personalizadas para cada cliente. “Precisa sair do operacional e ir para o estratégico. E o digital pode ajudar muito, especialmente para atender os clientes mais jovens, que desejam uma comunicação mais simples e digitalizada”, asseverou.

Fonte: Fenacor, em 28.10.2022