O mercado de seguros vai crescer se tiver novos produtos, que venham ao encontro de uma realidade financeira e econômica diferente daquela que talvez o mercado de seguros tradicional já esteja habituado. A afirmação foi feita pelo presidente da Fenacor, Armando Vergilio, ao participar, nesta segunda-feira (01), do debate sobre o tema “Reflexões sobre a Resolução CNSP – LC 213/2025”, realizado pela Escola de Negócios e Seguros (ENS). Segundo ele, a maior concorrência é fundamental para o setor assim como a qualificação. “Nesse mercado, e é bom que todos entendam isso, se não tiver qualificação, se não tiver preparo, não vai prosperar. Isso é meio que óbvio, mas, às vezes, é necessário que a gente fale”, acrescentou Vergilio.

O presidente da Fenacor disse ainda que há espaço e margem para surgir esse novo mercado que essa regulamentação trará em seu bojo.

Armando Vergilio elogiou também a predisposição da Susep para o diálogo com o setor privado. “Estão sempre dispostos a tentar entender e compreender quais são as nossas percepções. E através desse diálogo estamos construindo um mercado mais próspero e, quem sabe, mais inclusivo. E esse talvez seja o primeiro grande ponto a ser observado em relação à proteção patrimonial mutualista. Novos entrantes e novos consumidores que poderão ter a proteção do seu patrimônio através do mutualismo”, destacou o presidente da Fenacor, pontuando ainda que a Susep deverá colocar em audiência pública, em breve, outra minuta sobre as cooperativas de seguros.

Já o presidente da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Lucas Vergilio, frisou que a nova lei é importante para o Corretor de Seguros, pois há o reconhecimento formal da atuação da categoria. “Mais de 2.200 associações foram cadastradas. Isso abre novas frentes de negócios para o Corretor de Seguros. Eu acredito no estímulo à concorrência e à qualidade desses produtos e também à profissionalização do setor”, pontuou.

Coube ao diretor da Susep, Airton Renato de Almeida, fazer uma palestre com detalhes sobre a regulamentação da LC 213/25.

Na visão dele, com esse processo o mercado de seguros vive “a maior transformação na proteção securitária do país desde 1966”.

Ele destacou ainda a importância do debate em torno da regulamentação, seja em debates ou através da consulta púbica que está sendo realizada pela Susep. “Nós estamos aqui discutindo a regulação. Nós estamos fazendo regulação aqui. A regulação não acontece em um quarto escuro. Ela acontece escutando a sociedade”, sublinhou.

O mediador do debate foi o consultor e ex-diretor da Susep, Marcelo Rocha.

Fonte: Fenacor, em 02.09.2025