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O tema foi um dos destaques do Risk Engineering Workshop, evento realizado pela Zurich,
com objetivo de melhorar a percepção de riscos na tomada de decisões

De acordo com estatísticas divulgadas pelo Instituto Sprinkler Brasil (ISB), em 2015, foram contabilizados 1.349 casos de incêndio no País, uma média de 112 ocorrências por mês. Dentre as diferentes categorias de estruturas, a que registrou o maior número de ocorrências foi a de estabelecimentos comerciais (lojas, shopping centers e supermercados), com 373 registros, seguida pela de indústrias, com 225 reportes. Desde que começou a produzir o estudo, em 2012, o ISB registrou um aumento de 78% no registro de casos.

Os danos causados ao patrimônio e aos bens físicos devido a incêndio podem potencialmente ser a grande fonte de perda para muitos negócios. O verdadeiro impacto pode vir à tona somente quando operações se encontram debilitadas, o fluxo de dinheiro é interrompido e o market share são afetados.

Diante deste cenário, a prevenção e proteção contra incêndio ganhou destaque em apresentações no 4° Risk Engineering Workshop, realizado pela Zurich, em São Paulo. Foram duas palestras totalmente dedicadas ao tema: O ABC do combate eficiente de princípios de incêndio, apresentada pelo engenheiro Luiz Rebouças; e Gestão e qualidade dos projetos de sistemas automáticos de detecção e combate a incêndio, com Ronoel Souza, engenheiro de riscos da Zurich Brasil.

Segundo Luiz Rebouças, o essencial para o combate eficiente é que a empresa tenha um plano de emergência muito bem definido com as respectivas ações e seus responsáveis pela execução. A ausência ou ambiguidade destes itens resultam em tempo maior de resposta, aumento da exposição dos envolvidos e danos ao patrimônio.

 “O mais importante é mapear todos os riscos para montar o plano de emergência. E isso inclui a construção e seus detalhes escondidos, condições externas, características da operação, montar a planta de risco de incêndio, localizar todos os sistemas de proteção contra incêndio e abastecimento de água, listar todos os materiais perigosos e suas proteções, mapear as operações de emergência, entre outros. O objetivo é proteger a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, otimizar a utilização dos recursos de resposta e controle da emergência, simplificar o acesso e as operações do corpo de bombeiros e reduzir os danos ao patrimônio, meio ambiente, bem como o impacto negativo da lucratividade”, detalha o engenheiro.

Já Ronoel Souza relata que uma alta porcentagem de sistemas protecionais apresentam deficiências de projeto na fase de conceito ou de execução, o que acaba impactando a confiabilidade dos sistemas e a eficiência do investimento. “A parte inicial de um projeto é a mais desafiadora. Tudo deve ser avaliado. Todos os riscos e que pode dar errado na sua execução devem ser extremamente bem analisados”, ressalta.

O 4° Risk Engineering Workshop foi realizado no ultimo dia 19 de setembro, em São Paulo, pela Zurich, seguradora global com 78 anos de atuação no mercado brasileiro. O evento reuniu empresários, clientes, parceiros e gerentes de diversos setores, que acompanharam 11 palestras com temas que abordaram diferentes segmentos, desde gestão de riscos ambientais até digitais.

Fonte: Race, em 26.10.2017.