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O 22º Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros começou a rodada de palestras nesta sexta-feira (04/03), abordando o tema “Panorama Econômico e Perspectivas para o Setor de Seguros”. O painel foi mediado pelo presidente do Sincor-SP, Boris Ber.

O cenário é desafiador. A pandemia ainda deixa rastros e muitos setores não conseguiram recuperar os padrões anteriores à Covid-19. Também persiste o problema da alta taxa de desemprego, que reflete no consumo e impossibilita a melhora dos indicadores. “A vantagem é que o seguro está em tudo, na safra, no comércio, nos serviços… Nossa previsão é de que o PIB tenha aumento de 0,3% em 2022. Vai ser um ano difícil, sem dúvidas, mas ainda assim de crescimento”, pontuou o economista sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Fabio Bentes.

Segundo o especialista, no ano passado foram abertos 5,2 mil micro e pequenos estabelecimentos de seguros. “Temos poucos dados de acompanhamento do setor de seguros, mas observamos números significativos desses estabelecimentos em todo o País”, comentou Bentes.

O diretor-presidente da Porto Seguro, Roberto Santos, ficou surpreso com a estatística. “Por conta do isolamento social, muitos corretores de seguros e diversas empresas do setor abriram mão de um escritório físico, por isso, esses dados de estabelecimentos me surpreenderam. Acredito ser oportuna uma maior aproximação do mercado com a CNC. Temos muitos indicadores que reforçam a grandeza do mercado de seguros.”

No acumulado dos últimos 10 anos, o mercado cresceu o dobro em comparação ao PIB Nominal, de acordo com dados apresentados pelo presidente da Tokio Marine Seguradora, José Adalberto Ferrara. “E, independentemente das incertezas políticas, nossos números continuarão crescendo”, acredita.

Oportunidades nos seguros de vida e residencial

Em sua explanação, Roberto Santos também destacou a capacidade do mercado em se adaptar diante dos desafios. “E nada vai ser mais como no passado. A população está mais sensível à necessidade de proteção, principalmente nos seguros de vida e residencial, ramos em que temos constatado maior procura”, destacou.

“Cada um de nós passou a olhar de uma maneira diferente para as nossas residências. O seguro é agora objeto de desejo das pessoas”, completou o diretor-presidente da Bradesco Seguros, Ivan Gotijo. “Temos mais de R$ 270 bilhões em reservas técnicas em nosso grupo e isso demonstra a serenidade e pujança do setor. Os números da CNseg apontam que o nosso mercado vai crescer dois dígitos neste ano e é nisso que acreditamos. O que nos trouxe até aqui nos levará para o futuro.”

O canal corretor

O diretor-presidente da Porto Seguro acredita que o momento é de aprendizado. Para construir um futuro próspero é necessário simplicidade, velocidade e resolutividade. “Duas seguradoras nativas digitais nos EUA, que faziam a venda direta, decidiram começar a trabalhar com o canal corretor e isso não é por acaso, o corretor de seguros, sem sombra de dúvidas, é o melhor e mais eficaz canal de distribuição”, disse o diretor-presidente da Porto Seguro em meio aos aplausos da categoria.

“O mercado aposta e continuará apostando no canal corretor, que nos permite registrar números relevantes de crescimento. A Bradesco conta com mais de 30 mil corretores parceiros, que demonstram sua relevância a cada venda, principalmente no momento do sinistro, fazendo a interlocução conosco e buscando a melhor solução para seus clientes”, garantiu Gontijo.

Terminando as apresentações do painel, Ferrara também reforçou a importância do trabalho dos corretores, mas indicou que o mercado precisa enfrentar algumas dificuldades. “Precisamos normalizar nossas taxas de sinistralidade, reestabelecer a adequada prestação de serviços das Assistências 24 horas, investir em tecnologia… De todo modo, quero concluir minha fala reforçando que estamos bem e a nossa indústria só cresceu graças aos corretores de seguros, que nos dão esse apoio.”

Fonte: Sincor-SP, em 04.03.2022