A convite da Susep, o vice-presidente da Fenacor, Manuel Matos, participou do CORE Summit 2025, promovido pelo Comitê de Regulação e Fiscalização dos Mercados Financeiro, de Capitais, de Seguros, Previdência e Capitalização (Coremec), em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac), nos dias 24 e 25 de setembro, em São Paulo. Matos esteve no painel que discutiu os “Desafios de Cibersegurança em Economia Digital”.
Ele focou a sua apresentação nos desafios relacionados ao Open Insurance e ao Open Finance.
Já o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, destacou, na abertura do evento, que o desafio atual é incorporar nas políticas públicas três grandes complexidades que se articulam: a digitalização, o incentivo à concorrência e a nova geopolítica mundial.
Para ele, “os meios digitais são hoje parte da disputa geopolítica global, o que exige dos órgãos de Estado uma atuação proativa e a capacidade de ouvir os atores de mercado, incorporando suas visões de futuro”.
Ressaltou ainda a necessidade de elevar a articulação entre as entidades de supervisão do Sistema Financeiro Nacional a um novo patamar: “Pensar a cibersegurança é pensar em estratégia de desenvolvimento nacional, porque só em um ambiente com os melhores padrões de proteção digital é que os nossos mercados poderão operar de forma segura e competitiva”, pontuou.
Por sua vez, o diretor da Susep, Carlos Queiroz, que participou do painel “O Futuro da Cibersegurança Regulada”, ressaltou que a cibersegurança é uma prioridade estratégica para a autarquia. Ele dividiu o tema em três frentes: como produto de seguro, como pauta de supervisão e como desafio também para a própria instituição enquanto cliente. “Precisamos garantir que as coberturas sejam adequadas, atendendo às necessidades do mercado e ao mesmo tempo incentivando uma melhor gestão de riscos. Já no papel de supervisora, a Susep precisa estar preparada para acompanhar a inovação, sempre preservando a integridade do sistema”, afirmou.
Durante os dois dias de evento, foram promovidos diálogos sobre incidentes cibernéticos, supervisão de ativos digitais, inteligência artificial, tokenização e criptoativos, destacando a importância da cooperação entre reguladores e mercado para enfrentar os desafios da digitalização no Sistema Financeiro Nacional.
Presidido atualmente pela Susep, o Coremec é um órgão consultivo do governo federal. Além da Susep, integram o comitê representantes do Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). As suas competências incluem promover a articulação entre reguladores para garantir a estabilidade do sistema financeiro nacional, discutir iniciativas de regulação e fiscalização coordenadas, e coordenar o intercâmbio de informações com entidades estrangeiras.
Fonte: Fenacor, com informações da Susep, em 29.09.2025